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Por Redação - 28 de Novembro de 2024

A Classificação Fiscal de Mercadorias é um dos processos mais importantes no comércio exterior, desempenhando papel essencial para que empresas cumpram corretamente suas obrigações fiscais e tributárias, evitem problemas com a alfândega e facilitem o despacho aduaneiro. 

Realizar a classificação correta envolve conhecer as normas e critérios que norteiam essa prática, além de entender como utilizar as ferramentas e recursos disponíveis para facilitar o processo.

Neste artigo, vamos abordar desde os conceitos básicos até as práticas recomendadas para que sua empresa execute a Classificação Fiscal de Mercadorias de forma segura e eficaz.

O que é a classificação fiscal de mercadorias?

A Classificação Fiscal de Mercadorias é o processo que atribui um código numérico específico para cada produto, de acordo com suas características e natureza. Esse código, conhecido como Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), é utilizado no Brasil e em outros países do Mercosul para padronizar o tratamento tributário e alfandegário das mercadorias.

Esse código é essencial para determinar tributos como o Imposto de Importação (II), o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), além de influenciar diretamente o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o PIS/Cofins na importação. Assim, classificar corretamente um produto é fundamental para garantir a conformidade legal e evitar problemas futuros com as autoridades aduaneiras.

Para entender melhor o que está envolvido nesse processo, consulte este guia definitivo de despacho aduaneiro, que abrange as etapas essenciais de importação e exportação de mercadorias.

A importância da classificação fiscal no comércio exterior

A Classificação Fiscal de Mercadorias não é apenas uma exigência legal, mas também uma ferramenta para evitar custos desnecessários e reduzir riscos em operações internacionais. 

A classificação correta permite:

  • Evitar penalidades: Um erro na classificação fiscal pode resultar em multas, apreensão de mercadorias e até processos legais.
  • Calcular corretamente os tributos: Com a NCM correta, a empresa consegue calcular com precisão os impostos e tributos aplicáveis, reduzindo o risco de custos inesperados.
  • Facilitar o processo aduaneiro: As autoridades alfandegárias utilizam a NCM para avaliar e aprovar a entrada ou saída de mercadorias. Uma classificação incorreta pode atrasar o processo de desembaraço aduaneiro.
  • Aumentar a transparência: A correta Classificação Fiscal de Mercadorias aumenta a transparência em toda a cadeia de fornecimento, o que é especialmente importante para negócios internacionais.

Se você quer entender mais sobre o fluxo de um despacho aduaneiro, recomendamos a leitura sobre as etapas do despacho aduaneiro que ajudam a visualizar o processo completo de uma operação de importação ou exportação.

Como classificar mercadorias de forma correta

A correta Classificação Fiscal de Mercadorias exige o conhecimento detalhado das características do produto, como material de composição, uso, peso, entre outros atributos. Para isso, o procedimento mais comum é seguir o Sistema Harmonizado (SH), que é utilizado mundialmente para classificar produtos.

Alguns passos importantes são:

  • Identifique as características do produto: Inclua todos os detalhes técnicos, desde a matéria-prima até as possíveis utilizações. Esse levantamento será a base para identificar a NCM correta.
  • Consulte o Sistema Harmonizado (SH): O SH possui códigos de classificação baseados em descrições e características. No Brasil, a Receita Federal disponibiliza a Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI), que ajuda na localização dos códigos.
  • Realize a consulta formal: Em caso de dúvida sobre a NCM correta, a empresa pode realizar uma consulta formal à Receita Federal para garantir que a classificação esteja correta. Mais detalhes sobre como formalizar a consulta podem ser encontrados no portal do governo.
  • Conte com especialistas: Muitas vezes, o auxílio de um despachante aduaneiro ou consultoria especializada é necessário para evitar erros, especialmente em casos de produtos complexos.

Erros comuns ao fazer a classificação fiscal

Erros na Classificação Fiscal de Mercadorias são mais comuns do que se imagina e podem trazer consequências graves para as empresas. 

Conheça os principais erros:

  • Utilizar códigos genéricos ou inadequados: A escolha de uma NCM mais genérica para “simplificar” o processo pode levar a sérias multas e problemas com a Receita Federal.
  • Ignorar atualizações de códigos NCM: O sistema NCM é atualizado periodicamente, e utilizar uma classificação antiga pode levar a discrepâncias tributárias.
  • Classificação inconsistente para produtos similares: Produtos semelhantes, mas com pequenas variações, podem precisar de classificações diferentes. É importante analisar cada um detalhadamente.
  • Deixar de fazer a consulta formal: Em caso de dúvidas, muitas empresas evitam formalizar consultas, o que aumenta o risco de multas e retrabalhos caso a classificação esteja errada.

Ferramentas e recursos para auxiliar na classificação fiscal

Para auxiliar no processo de Classificação Fiscal de Mercadorias, diversas ferramentas e recursos podem ser utilizados:

  • Tabela TIPI – A Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados é um dos documentos principais para consulta de NCMs no Brasil. Ela pode ser acessada diretamente no site da Receita Federal. 
  • Consulta formal à Receita Federal – Como mencionado, a Receita disponibiliza a opção de consulta formal para empresas em dúvida. Esse recurso pode evitar problemas posteriores e garantir a correta aplicação do código NCM.
  • Consultoria especializada – Consultorias e corretoras especializadas no comércio exterior, como a Advanced Corretora, podem auxiliar desde o processo de classificação até o despacho aduaneiro.
  • Uso de sistemas automatizados – Existem sistemas de software que ajudam na gestão e organização das NCMs, com atualizações constantes dos códigos e alertas sobre alterações.

O conhecimento e aplicação da Classificação Fiscal de Mercadorias vai além da simples seleção de um código. Ele envolve uma análise estratégica para garantir a eficiência da operação de importação e exportação. 

Para entender mais sobre o processo de embarque e até mesmo sobre os diferentes Incoterms aplicáveis, confira este guia completo sobre Incoterms, que pode esclarecer como as responsabilidades se dividem entre vendedor e comprador.

Em resumo, a Classificação Fiscal de Mercadorias é um processo essencial para o sucesso de qualquer operação de comércio exterior. Com a classificação correta, as empresas asseguram a conformidade com as exigências legais, evitam custos extras e simplificam o processo de importação e exportação. Para isso, é importante que as empresas contem com o suporte de profissionais especializados e ferramentas atualizadas. 

Fale com um dos especialistas da Advanced!

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