Nos últimos anos, o Banco Central (BC) tem desempenhado um papel decisivo na modernização do Sistema Financeiro Nacional por meio de uma série de iniciativas audaciosas.
Com foco nas dimensões de Inclusão, Competitividade, Transparência, Educação e Sustentabilidade, o Banco Central tem implementado medidas que não apenas regulam a concorrência, mas também promovem a democratização financeira e impulsionam o avanço tecnológico. Essas transformações têm promovido mudanças significativas no sistema financeiro, moldando uma estrutura mais eficiente e alinhada às necessidades do mundo contemporâneo.
Recentemente, o BC alcançou mais um marco ao anunciar a criação do Real Digital, uma iniciativa aguardada com grande expectativa. Após seis meses de estudo, a instituição revelou finalmente o nome oficial da nova moeda digital: DREX, uma abreviação para “Digital Real X”.
Não há dúvidas de que este movimento representa mais um passo em direção à transformação digital da economia e das transações financeiras. No entanto, o anúncio do DREX suscita uma série de questionamentos e expectativas.
Confira este artigo e descubra tudo o que você precisa saber sobre a nova moeda digital do Banco Central.
O Banco Central tem assumido um papel de liderança na implementação de medidas modernizadoras, que buscam adaptar o nosso sistema financeiro às demandas da era digital. Por meio de um conjunto abrangente de iniciativas, o BC tem se destacado na promoção de inovações que pretendem fortalecer a eficiência e a acessibilidade do sistema financeiro nacional.
Uma série de ações marcam essa busca pela modernização. Entre elas, destacam-se o aprimoramento e a ampliação do arcabouço normativo e legal que rege as instituições financeiras e os arranjos de pagamentos. Além disso, o Banco Central tem desempenhado um papel fundamental na criação de novos tipos de instituições financeiras, como as Sociedades de Crédito Direto (SCD) e as Sociedades de Empréstimos entre Pessoas (SEP); e na implementação de conceitos inovadores, como o Open Finance. A introdução bem-sucedida do sistema de pagamentos instantâneos – o famoso Pix – também se destaca como um marco significativo no avanço tecnológico do setor.
A agenda de inovação do BC possui objetivos bem definidos, como aumentar a inclusão financeira e a competição no mercado, ao mesmo tempo que procura reduzir os custos de intermediação. Nesse contexto de mudanças arrojadas, a criação da moeda digital DREX representa um passo adiante na modernização do sistema financeiro do país.
Desde o anúncio oficial do Banco Central sobre a criação do Real Digital, que agora recebeu o nome de DREX, a atenção tem se voltado para essa inovadora iniciativa. Abreviação de "Digital Real X", o DREX representa a versão brasileira do "Central Bank Digital Currency" (CBDC), moedas virtuais que vêm sendo desenvolvidas em mais de 90 países, além do Brasil.
Em fase de testes desde março, o projeto desenvolvido pelo BC tem previsão de que as primeiras operações simuladas ocorram a partir de setembro. Essa etapa de testes permitirá avaliar o funcionamento do sistema e sua interoperabilidade com os diferentes atores do mercado financeiro.
O DREX tem como propósito ampliar as possibilidades de negócios e impulsionar a inclusão financeira por meio de uma economia digital mais ativa. Ao criar uma moeda digital emitida pelo Banco Central, pretende-se modernizar e facilitar transações financeiras, contribuindo para uma interação mais eficiente entre os diversos agentes econômicos.
Também conhecida como Real Digital, a nova moeda funcionará como uma versão virtual das notas físicas já emitidas pelo Banco Central. Sua paridade com o Real convencional garantirá que cada R$ 1 equivalha a 1 DREX. A distribuição da moeda para o público será intermediada pelos bancos, o que manterá a cotação da moeda digital em linha com a do Real.
É importante destacar que o DREX não é uma criptomoeda. A principal diferença reside na regulamentação e no controle exercido pelo BC sobre a moeda virtual brasileira. Enquanto as criptomoedas operam em sistemas descentralizados, o DREX estará sob a supervisão direta do Banco Central.
A tecnologia por trás da nova moeda é a Distributed Ledger Technology (DLT), ou Tecnologia de Registro Distribuído. Essa tecnologia, que inclui a famosa blockchain, permitirá uma emissão segura e transparente da moeda digital, garantindo a confiabilidade das operações e o registro preciso das transações.
Como mencionamos anteriormente, os testes do DREX já estão em andamento, com transações simuladas e clientes fictícios. A expectativa é que essa fase piloto dure até março de 2024, concentrando-se em operações com títulos públicos para avaliar a eficácia da infraestrutura e sua privacidade. O lançamento ao consumidor final está previsto para o fim de 2024 ou início de 2025, inicialmente como uma moeda de atacado, operada entre instituições financeiras.
O DREX oferecerá aos usuários a possibilidade de realizar operações financeiras, como transferências, pagamentos e até compra de títulos públicos. Além disso, ele permitirá o uso de contratos inteligentes, agilizando processos e reduzindo custos com intermediários. No entanto, o uso da moeda digital poderá envolver custos para o consumidor, uma vez que está associado a serviços financeiros e prestadores de serviços.
Abrindo portas para uma economia digital mais robusta e inclusiva, a criação do DREX representa um passo audacioso do Banco Central em direção a um sistema financeiro mais moderno e eficiente. Por aqui, seus efeitos e desdobramentos serão observados com atenção.
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