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Por Redação - 29 de Maio de 2024

Entender os principais indicadores econômicos e o impacto que eles têm sobre os investimentos é essencial para qualquer investidor, do iniciante ao mais experiente. A economia é um sistema complexo, influenciado por vários fatores e os indicadores econômicos servem como uma ferramenta crucial para analisar e medir o seu desempenho.

São muitas siglas: PIB, IPCA, IGP-M... O único jeito de entender cada um desses indicadores e vários outros é estudando sobre o assunto. Compreendendo-os, você vai chegar a insights valiosos sobre diferentes aspectos da atividade econômica e poderá construir uma estratégia financeira sólida e adaptável às condições do mercado. Vamos começar?

Principais indicadores econômicos e sua importância

Como já dissemos, existem vários indicadores econômicos. A seguir, vamos falar sobre 10 dos principais para que você possa considerá-los e tomar decisões inteligentes a respeito dos seus investimentos:

Produto Interno Bruto (PIB)

O PIB mede o valor total de todos os bens e serviços produzidos em um país durante um determinado período. Esse indicador é crucial para avaliar o crescimento econômico e a saúde geral da economia. Ou seja, um PIB em crescimento geralmente indica uma economia saudável, e isso impacta inclusive no valor de ações de empresas que são ligadas ao consumo doméstico.

Inclusive, é relevante apontar a relação entre o PIB e o poder de consumo das famílias brasileiras. Quando há um aumento do poder de consumo, o PIB também tende a crescer, pois há um aumento na produção de bens e serviços para dar conta dessa demanda. Da mesma forma, se o consumo cai, há um impacto negativo sobre o PIB.

Taxa básica de juros (Selic)

Determinada pelo Banco Central, a taxa Selic influencia as taxas de juros em todo o sistema financeiro do país e funciona como um instrumento de controle sobre a inflação. Quando ela aumenta, os juros sobre empréstimos, financiamentos e no cartão de crédito, por exemplo, também aumentam, desencorajando o consumo.

A taxa Selic é um indicador-chave para entender políticas monetárias e para a tomada de decisões de investimento. Por exemplo, quando ela cai, o rendimento da renda fixa também diminui, o que funciona como um estímulo para maiores investimentos na bolsa.

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)

O IPCA mede a variação dos preços de um conjunto de produtos e serviços (como alimentação, vestuário e transporte) consumidos pelas famílias brasileiras que têm rendimento de 1 a 40 salários mínimos.

Este índice é fundamental para monitorar a inflação, pois mostra as principais tendências desse índice, e para orientar políticas econômicas. Quando o IPCA tem alta, o Banco Central pode decidir diminuir os juros, o que faz com que a renda fixa renda mais.

Taxa Referencial (TR)

A Taxa Referencial é utilizada para fazer a atualização monetária de alguns investimentos, como a poupança. A caderneta rende de acordo com a variação da TR, mas outras aplicações financeiras e operações de crédito também são influenciadas por ela, como títulos de capitalização e financiamentos imobiliários. Há também correlação entre a taxa Selic e a TR.

Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) 

O INCC é um índice criado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e monitora a variação dos custos de materiais, serviços e mão de obra na construção civil. Calculado com base nos preços praticados em sete das principais capitais brasileiras, o INCC é essencial para ajustar contratos de compra e venda e parcelas enquanto os imóveis estão na planta ou em construção.

Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M)

O IGP-M é um indicador de inflação que mede a variação de preços de várias atividades econômicas em diferentes etapas do processo produtivo. Este índice é divulgado mensalmente e representa bem o nível de atividade econômica do país em diversos setores. Também chamado de “inflação do aluguel”, o IGP-M é comumente usado para reajustar contratos de aluguel, mas também impacta tarifas públicas, como energia e telefonia.

Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)

O INPC, assim como o IPCA, mede a variação de produtos, porém é focado em famílias que têm rendimento de 1 a 5 salários mínimos. Ele é importante para avaliar a inflação e o poder de compra dos salários. 

Balança Comercial

A balança comercial registra as transações de exportação e importação de um país. Nas exportações, é contabilizada a venda de bens por empresas nacionais para empresas internacionais; já nas importações, são as compras feitas por empresas nacionais de empresas internacionais. Oferece informações cruciais sobre a competitividade internacional e o comércio exterior.

Dólar

Tanto a cotação do dólar comercial quanto o dólar turismo são indicadores importantes para monitorar o câmbio e seu impacto no comércio exterior, nas viagens e nos investimentos estrangeiros, mas não só. O dólar é a principal moeda do mundo e, por isso, ele afeta inclusive o custo de vida dos brasileiros, pois suas flutuações podem afetar o preço de produtos, como alimentos e vestuário.

Salário Mínimo

O salário mínimo é também um indicador econômico relevante, pois reflete o valor mínimo que os empregadores devem pagar aos trabalhadores. É um indicador-chave para medir o poder de compra da população e influenciar o consumo e a distribuição de renda.

Inflação

Sem dúvidas, um dos principais indicadores econômicos é a inflação. Ela afeta diretamente o poder de compra das pessoas, já que reduz o valor real da moeda. A inflação é influenciada por fatores como oferta e demanda, capacidade de produção e poder de compra da população.

Como interpretar os indicadores econômicos para investir melhor

Agora que você já conhece alguns dos principais indicadores econômicos, vamos às formas de interpretá-los para tomar decisões de investimento mais informadas e estratégicas:

• Esteja preparado para ajustar sua estratégia: os indicadores econômicos estão sujeitos a revisões e ajustes, portanto esteja preparado para ajustar a sua estratégia de investimento com base em novas informações e mudanças nas condições do mercado;

• Entenda o contexto: antes de tomar qualquer decisão com base em um indicador econômico, é crucial que você entenda o contexto mais amplo da economia. Considere outros indicadores econômicos, tendências de mercado e eventos geopolíticos que possam influenciar esses resultados;

• Analise a tendência: observe o macro e entenda se o indicador está em alta, baixa ou estagnado ao longo do tempo. Isso ajuda a identificar tendências e antecipar possíveis movimentos futuros nos mercados financeiros;

Considere as expectativas do mercado: muitas vezes, o impacto de um indicador econômico nos mercados financeiros depende de como ele se compara às expectativas do mercado. Se um indicador supera as expectativas, pode ter um efeito positivo no mercado, e vice-versa;

Aproveite as oportunidades de curto e longo prazos: dependendo do seu perfil de investimento e objetivos financeiros, você pode aproveitar as movimentações nos indicadores econômicos para realizar operações de curto prazo, como day trading, ou para investimentos de longo prazo, como a compra de ações ou títulos;

• Busque orientação profissional: se você acha que não tem experiência ou conhecimento suficientes para interpretar os indicadores econômicos e tomar decisões de investimento sozinho, considere buscar orientação de um consultor financeiro ou gestor de investimentos. Eles podem ajudá-lo a desenvolver uma estratégia de investimento adequada ao seu perfil e objetivos.

Continue se informando sobre o mercado financeiro, economia e oportunidades de investimento aqui no blog da Advanced!

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