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M&A internacional: como gerenciar o risco cambial em aquisições

Written by Redação | 27/nov/2024 16:00:00

No cenário de fusões e aquisições internacionais, ou M&A, o risco cambial é um fator frequentemente subestimado, mas de grande importância. Flutuações nas taxas de câmbio podem afetar tanto o valor das empresas envolvidas quanto a estrutura financeira da transação.

A seguir discutiremos como o risco cambial pode impactar as operações de M&A e as melhores formas de gerenciá-lo.

O papel do câmbio nas fusões e aquisições internacionais

Em transações de M&A internacionais, o câmbio comercial tem um papel crucial. Quando uma empresa brasileira compra uma companhia nos Estados Unidos, por exemplo, o valor da aquisição em dólares depende não apenas do preço da empresa, mas também da taxa de câmbio entre o real e o dólar. 

Mudanças nas taxas de câmbio geralmente tornam a operação mais cara ou mais barata do que o planejado, gerando incertezas para o comprador e o vendedor. Saiba mais sobre como investir no exterior de maneira segura e eficaz!

Após a transação, a empresa resultante precisa lidar com receitas e despesas em diferentes moedas, o que pode complicar o controle financeiro. Portanto, gerenciar o risco cambial é essencial para manter o valor da operação e garantir o sucesso do negócio a longo prazo.

Como o risco cambial afeta o processo de M&A

O risco cambial pode afetar vários aspectos do processo de M&A:

  • O valor de uma empresa-alvo pode ser impactado pelas flutuações da moeda. Se a moeda de um dos países se valorizar ou desvalorizar, o valor da empresa-alvo varia, afetando as negociações.
  • Se o comprador precisar de financiamento em moeda estrangeira, as flutuações cambiais costumam aumentar o custo do empréstimo. Por exemplo, um financiamento em euros torna-se mais caro se o real se desvalorizar em relação àquela moeda.
  • Muitas transações de M&A envolvem pagamentos parcelados ou baseados em metas futuras. Variações nas taxas de câmbio alteram os valores desses pagamentos, afetando a viabilidade financeira da transação.

Empresas que operam em diferentes mercados podem ter dificuldades em repatriar lucros ou transferir recursos. Flutuações cambiais geralmente reduzem os lucros retornando ao país de origem, comprometendo a rentabilidade do negócio.

Ferramentas para mitigar o risco cambial em fusões

Felizmente, existem diversas ferramentas financeiras que ajudam as empresas a se proteger contra o risco cambial em operações de M&A. Entre as mais comuns estão:

  • Instrumentos financeiros, como contratos futuros, swaps de moeda e opções de câmbio, permitem que as empresas "tranquem" uma taxa de câmbio para uma data futura, garantindo previsibilidade e minimizando os impactos das flutuações.
  • Buscar financiamento na moeda do país da empresa-alvo reduz a exposição ao risco cambial. Isso ocorre porque a dívida será contraída e paga na mesma moeda em que as receitas são geradas, diminuindo a volatilidade cambial.
  • Empresas que lidam com várias moedas podem abrir contas bancárias que permitem transações em diferentes moedas, o que facilita a gestão de fluxos de caixa e reduz o impacto das variações cambiais.

Se você deseja entender como o câmbio influencia o financiamento em M&A, veja mais em nosso artigo sobre empréstimos internacionais.

Estratégias para proteção cambial em fusões e aquisições

Além das ferramentas financeiras, várias estratégias conseguem minimizar o risco cambial em M&A:

  1. Antes de realizar uma transação internacional, é essencial avaliar como as flutuações cambiais podem impactar a operação para, assim, tomar decisões informadas.
  2. Muitas transações incluem cláusulas contratuais que ajustam o valor da transação caso ocorram mudanças nas taxas de câmbio, protegendo ambas as partes.
  3. Empresas que operam em diferentes mercados podem reduzir o risco cambial diversificando suas operações, criando uma rede de segurança contra flutuações de moedas
  4. Consultores especializados em M&A e câmbio ajudam a identificar riscos cambiais e sugerem soluções de proteção.

Algumas empresas ajustam sua estrutura de receitas e custos para compensar o risco cambial, como contratando fornecedores ou gerando receitas na mesma moeda da dívida.

O câmbio como fator decisivo em negociações internacionais

O câmbio não é apenas um fator técnico em transações de M&A. Flutuações inesperadas podem alterar a avaliação da empresa, o valor da transação e a rentabilidade do negócio. Por isso, as empresas envolvidas nesse tipo de operação precisam estar preparadas para lidar com o risco cambial desde o início.

Empresas que gerenciam o risco cambial não apenas protegem suas transações, mas também ganham vantagem competitiva. Já aquelas que não tomam precauções adequadas às vezes comprometem boas oportunidades ou sofrem perdas financeiras substanciais.

Para entender como o câmbio impacta a economia global, leia nosso artigo sobre o papel do câmbio comercial.

Em resumo, o risco cambial não pode ser ignorado em fusões e aquisições internacionais. Com as ferramentas e estratégias adequadas, é possível minimizar os riscos e garantir transações mais seguras e vantajosas. 

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